Bluesky alça voo: Como protocolos abertos podem reinventar as redes sociais

Jay Graber e a missão de construir um ecossistema social resistente ao controle centralizado

Patrocínio deste site: Fotograf.IA + C.E.Foto

Em uma conversa reveladora durante o SXSW 2025, Jay Graber, CEO da Bluesky, e Mike Masnick, editor do TechDirt, discutiram uma visão transformadora para o futuro das mídias sociais. Com mais de 322 mil visualizações, este painel gerou intensos debates sobre como podemos finalmente escapar dos "jardins murados" das plataformas tradicionais.

Do papel à realidade: "Protocolos, não plataformas"

O que começou como um projeto dentro do Twitter é agora uma Corporação de Benefício Público (PBC) independente com uma missão clara: tornar as redes sociais mais parecidas com a web aberta. Masnick relembrou seu artigo "Protocolos, Não Plataformas" de 2019, que argumentava pela mudança do controle exercido por grandes empresas de tecnologia para sistemas mais abertos e interoperáveis. Graber não apenas abraçou estas ideias, mas as desenvolveu a ponto de Masnick comentar que ela entendia seu próprio artigo "melhor do que eu".

À prova de bilionários: O direito de sair

"A cada poucos anos, corremos para criar novas contas em outra plataforma apenas para reconstruir nosso público ou manter contato com nossos amigos online." Este ciclo frustrante acontece porque as plataformas privadas mantêm os usuários "aprisionados", contribuindo para a falta de inovação e competição.

A Bluesky oferece uma alternativa fundamental através do Protocolo AT (atproto), uma camada aberta que permite a descentralização e interoperabilidade. Isto cria o que poderia ser chamado de sistema "à prova de bilionários" - onde nenhum proprietário individual pode mudar drasticamente a experiência sem consequências.

O "direito de sair" é crucial neste modelo. Se a Bluesky (a empresa) implementar mudanças que os usuários não aprovam (como anúncios entre cada postagem, um exemplo hipotético citado por Graber), os usuários podem migrar para outros aplicativos construídos sobre o mesmo Protocolo AT, levando consigo sua identidade e conexões sociais.

Escolha do usuário: O grande diferencial

Diferentemente das plataformas onde um único algoritmo misterioso dita seu feed, a Bluesky dá aos usuários controle sem precedentes:

Feeds Personalizados: A Bluesky não é apenas uma timeline. É um marketplace com mais de 50.000 feeds personalizados criados pela comunidade. Quer um feed apenas de fotos de gatos? Ou notícias científicas? Ou postagens de "pessoas quietas" que você poderia perder? Você pode escolher, assinar e até construir seus próprios feeds, muitas vezes usando ferramentas sem código.

Moderação Componível: Em vez de uma política de moderação única e centralizada, a Bluesky utiliza uma abordagem em camadas "empilháveis". Os usuários podem assinar serviços de moderação de terceiros ("rotuladores") que sinalizam ou ocultam conteúdo com base em critérios específicos (por exemplo, rotulando arte gerada por IA, ocultando postagens políticas ou filtrando spam).

Portabilidade de Dados e Identidade: Construída sobre um protocolo aberto, sua identidade (como seu nome de usuário, potencialmente vinculado ao seu próprio domínio) e seus dados não estão presos ao aplicativo específico da Bluesky. Se você não gostar da direção que o aplicativo principal tomar, pode teoricamente mudar para um cliente alternativo ou até mesmo hospedar seu próprio servidor de dados, mantendo sua identidade principal e conexões.

Flashes: novo app fotográfico também lançado pelo Bluesky

Desafios e futuro

Construir esta visão não é fácil. Graber reconheceu o imenso desafio de escalar um protocolo aberto enquanto simultaneamente constrói um aplicativo amigável – comparando-o a "construir as asas de um avião enquanto ele já está voando". Com uma equipe enxuta de cerca de 21 pessoas atendendo mais de 32 milhões de usuários (e crescendo rapidamente desde a abertura ao público), o escalonamento da infraestrutura e da capacidade organizacional é um foco constante.

O modelo de negócios também é intencionalmente diferente. Embora ainda explorando opções, o foco inicial está em serviços pagos que oferecem valor direto, como assinaturas ou potencialmente serviços para desenvolvedores e recursos de marketplace, em vez de depender exclusivamente de um modelo baseado em publicidade que pode desalinhar os incentivos.

Participe da revolução social

A Bluesky e o Protocolo AT representam um repensar fundamental de como as redes sociais podem operar. É um ecossistema construído sobre abertura e controle do usuário. Como Graber colocou, "É o que nós fazemos dele."

Se você está cansado dos modelos antigos, é um desenvolvedor procurando inovar, ou um construtor de comunidades querendo moldar espaços online, a Bluesky oferece uma chance de participar:

• Baixe o aplicativo e explore os diversos feeds personalizados e opções de moderação

• Crie seus próprios feeds ou listas de moderação, usando até ferramentas simples sem código

• Para desenvolvedores: Explore o Protocolo AT de código aberto e construa clientes alternativos ou serviços especializados

O futuro das mídias sociais está sendo escrito agora, e projetos como a Bluesky oferecem um vislumbre de um mundo potencialmente mais aberto, personalizável e centrado no usuário. Se quiser baixar e testa: Bluesky

Fique de olho nas novidades de abril:

Mentoria Coletiva e adesão ao Fotograf.IA + C.E.Foto: Convite especial: Mentoria Coletiva - Branding Fotográfico

Branding Fotográfico - Dia 8/4 ao vivo e online: Imagem & Identidade: A jornada da integração entre branding e fotografia

Encare o desafio e descubra o poder de palestrar - 15/4: Domine o Palco em 2025: Como palestrar pode impulsionar sua carreira e inspirar outros

Dia 23/4 às 20:30 - FotografIA.Next - Descubra como a inteligência artificial está transformando a fotografia profissional. Entenda como o novo ChatGPT se tornou uma ferramenta completa para impulsionar sua arte e seu negócio na fotografia >>> FotografIA.Next – A nova fronteira da IA para fotógrafos(as) já começou