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Foto do escritorLeo Saldanha

Está na hora de acionar o modo EQ para fotógrafos(as) profissionais

Assim como o modo manual é obrigatório para fotógrafos de verdade, o EQ é uma tendência crescente e necessária para quem quer viver da fotografia





O modo EQ é simples na sua definição. Basicamente esse EQ é de equilíbrio. E veja como é difícil fazer isso. Talvez por envolver um delicado equilíbrio entre fotografia e marketing. Eu iria além dizendo que esse ajuste envolve todas as pontas do negócio de um fotógrafo profissional. Passando por todas as outras coisas que não envolvem o clique. Não que seja fácil, mas é uma busca constante e não parece mero acaso que justamente quem vai bem e se destaca tem esse modo ativado e com ajuste constante.


O Modo EQ não é ativado na câmera. O botão para ativar o recurso começa na cabeça (assim como as boas fotos também). Mas curiosamente também tem relação direta com o estilo fotográfico.

As três questões abaixo mostram como...





A fotografia em si é marketing?


Nos últimos anos isso ficou muito claro para mim. Sim, uma única foto é marketing. Mesmo que o fotógrafo não queira.

Aquela imagem marcante que faz sucesso com os clientes (seja qual for o segmento). Ela é o reconhecimento do que foi contratado e até a superação da expectativa. A foto em si é marketing quando tem a assinatura de impacto não para quem a criou, mas sobretudo para quem a vê.


A fotógrafa ou fotógrafo que consegue ter uma imagem que é notada e reconhecida sem a necessidade de marca d´água, essa sim é uma poderosa forma de fazer marketing. "Essa fotografia é de fulano" é o exemplo disso. Se isso não fosse verdade, grandes nomes da fotografia mundial não teriam imagens icônicas que fizeram história.


São comuns (mas não fáceis) os casos de profissionais com aquela foto que mudou a vida de alguém. Isso vale para fotografia NFT, de família ou de casamento. Vale para o retratista ou para o fotojornalista. Vale para todo mundo que atua clicando de alguma forma.





Aquela imagem que dá muito orgulho e que marca uma nova fase na vida de quem a fez. Por sinal, isso ocorre até hoje e talvez até de um jeito mais frequente com imagens que viralizam e vão parar em portais de notícia.


A pergunta importante então: qual a foto que mudou a sua vida? Quem não sabe responder essa pergunta está em busca disso (ou pelo menos deveria estar).

Contudo, no modo EQ, a foto por si só não pode ficar sozinha. É algo que envolve integração fluida.





O marketing tem que ser integrado e fluido?


O modo EQ da assinatura visual só faz sentido com um suporte ou canal adequado. Pode até ter sorte no processo, mas é garantido que existe um canal para dar o espaço para essa obra. Isso nada mais é do que divulgação. No caso de um lendário fotojornalista foi a capa da revista ou do jornal. No caso de um retratista, a postagem da celebridade ou personalidade no Instagram daquela pessoa.


Note que não tem jeito: não basta ter "a foto" com "a assinatura visual" se não tiver vitrine e plateia e contexto. O EQ entra aqui no equilíbrio de integrar sua obra com os canais e clientes para que eles mostrem, vejam e compartilhem. A integração fluida ocorre de um jeito sem "cara de marketing" e tem um resultado poderoso quando feito de forma verdadeira.


Se você não mostrar não vende segue uma máxima tão óbvia e tão ignorada.




O branding virou fator determinante?


Branding é fundamental por uma questão simples: a fotografia funciona no apelo emocional. O branding se conecta com isso melhor do que o marketing. Pode ver como isso é verdade na prática. A fotógrafa posta sobre ensaio com fotos e o preço destacado com parcelamento em x vezes. Isso é marketing "varejão" mas é muito comum. O apelo nesse caso é qual? Racional, com pseudo-apelo das fotos que o cliente levará como parte do serviço. O problema é no exemplo acima temos só uma oferta comum e desconectada. Eu faço isso por tantos reais.


O apelo do branding é suave quando bem-feito. Outras fotógrafas e fotógrafos com isso bem resolvido contam uma história de uma pessoa especial que passou por aquela experiência. O apelo é na conexão dos sentimentos, da experiência em um nível emocional.


Na prática temos que vender e colocar o preço ali na divulgação para simplificar. Com condições de pagamento e minha "assinatura visual". E no geral todo mundo faz isso. O desafio é que isso não é equilibrado.


O modo EQ é sobre equilíbrio. Para chegar nesse nível ideal equilibrado você terá que partir de perguntas certas e entender que a fotografia não é o mais importante, nem o marketing. O que mais importa para quem contrata o fotógrafo é o resultado que aquela pessoa busca.

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