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Foto do escritorLeo Saldanha

Fotografia NFT vs Fotografia Digital - Parte 1

De forma simples e direta indico aqui minha visão sobre as duas tecnologias





Nos últimos meses me envolvi profundamente com o mercado do NFT. Sim, existe preconceito com o assunto e muita desconfiança. Se você olhar meu conteúdo no blog verá a dimensão das iniciativas de marcas e artistas dos mais variados estilos e portes. Exploro aqui elementos que diferenciam as duas tecnologias (são sim questões tecnológicas que diferenciam as duas coisas).


Valor


Na fotografia digital se popularizou em pouco mais de duas décadas e avançou junto com a internet e redes sociais. Esse foi o lado bom, a parte ruim é que nesse meio tempo (e bota tempo nisso) vimos a fotografia digital derreter em valor. Hoje profissionais vendem sessões nos mais variados segmentos por valores muito baixos. A verdade é que tem gente pagando para trabalhar e nem percebe. A vantagem da fotografia digital é que sim, você pode cobrar muito mais pela foto mesmo sendo digital e não precisar da tecnologia NFT para isso. O desafio é conseguir justificar isso...e você não tem uma forma online e autenticada de fazer isso sem o blockchain.


Na fotografia NFT o valor é peça importante pois envolve posicionar pelo preço. Por ser autenticado e envolver criptomoedas acaba tendo um valor que flutua com as cotações desses ativos. A fotografia NFT existe já tem um tempo, mas ganhou notoriedade e força de 2021 para cá. A questão dos valores das obras e quanto estão faturando os artistas está aqui neste post: . A própria natureza dos processos e na forma como artistas, marcas e colecionadores vem atuando mostra claramente que é um processo de valor. Quando o colecionador compra a foto NFT ele pode (e provavelmente vai revender) e o artista ganha de novo nesta e em futuras revendas. E tudo ocorre no ambiente digital, mas autenticado. As marcas de luxo e grandes empresas estão investindo em NFT pela utilidade, clubes, benefícios e outras vantagens. Compre o produto ou serviço e ganhe o NFT ou vice-versa. Quais marcas? Nike, Disney, Starbucks, Netflix, Warner, Prada e muitas outras.


Colaboração


Na fotografia digital a colaboração é ampla, isso é verdade. E isso ocorre por conta da internet e das redes sociais. O problema é que não existe um elemento de valor nesta parte. As colaborações são efêmeras, dispersas e na questão da arte...quase sem um formato colaborativo e que no fim de confunde com uma palavra que costuma causar calafrios em muitos...a famosa "parceria". O que não dá para negar é que colaborar na fotografia digital é questão de alguns cliques e rapidez. Mas de novo, acaba sendo mais uma forma de divulgação do que qualquer outra coisa. A colaboração na fotografia digital é como o Collab do Insta...você faz, vê curtidas e engajamento...mas na prática dura pouco e o efeito some meio que rapidamente.


Na fotografia NFT o colaborar é distinto. Ocorre no ambiente digital mas é validado pelas plataformas e contratos inteligentes. E na verdade está só na primeira fase. Exemplo como o de Carlo Van de Roer. Ou também de fotógrafos e artistas que oferecem vantagens para quem compra a foto NFT. Depende só de criatividade e dá acesso a outras obras (físicas e digitais únicas) em formatos colaborativos que até bem pouco tempo atrás nem eram possíveis. A colaboração chega a um nível até mais complexo e sofisticado. O colecionador que compra a obra NFT sabe que é como se fosse um investidor do artista possibilitando que ele crie mais e melhor (e aí é que mora a vantagem para esse comprador que pode ter acesso a projetos com exclusividade e até participar das criações de alguma forma única).



Tecnologia


Na fotografia digital a tecnologia é acessível e chegou ao ponto de que qualquer pessoa com um smartphone gera fotos a qualquer instante. A fotografia digital se tornou uma moeda corrente para fabricantes de smartphone inclusive (câmera é sempre um dos critérios mais importantes na venda dos dispositivos). A integração e base para usar a fotografia digital é super democrática. Você pode criar e enviar uma foto facilmente e ela pode ser usada das mais variadas formas. A fotografia digital é tão popular e tão presente que nessa abundância muito provavelmente isso também colaborou no derretimento do valor. Até porque, como diria Chris Anderson (autor do livro Freemium), tudo que é digital tende ao valor ZERO. Ou seja, é muito popular, acessível, mas gerou uma falsa percepção de qualquer um faz então não vale nada.


Na fotografia NFT a tecnologia é mais complexa, muito presa aos termos em inglês e pede um conhecimento e domínio tecnológico que muitos não tem até por também ser algo novo. Ainda não está (nem perto) da integração e interface que vemos com a fotografia digital e a própria internet web2.0. Contudo, a vantagem é que a fotografia NFT é autenticada, única mesmo sendo digital. E sobretudo por ser conectar com a nova fase da internet 3D (Web 3.0). O desafio é que ela está desconectada por falta dessa "conversa" entre as diferentes plataformas e blockchains. Com a adesão de grandes empresas como Twitter, Adobe, Insta e Face, Google, Amazon e Microsoft isso tende a mudar. As empresas gigantes de tecnologia estão investindo nesse momento nas bases da nova fase da internet e isso se conecta com a fotografia NFT. O presente é da fotografia digital, mas o futuro será da fotografia NFT.


Liberdade


Na fotografia digital você tem a liberdade de pegar sua câmera agora, clicar e postar onde quiser. Mas quase sempre para ser reconhecido e ter acesso você depende de alguém dizer sim. Exemplo: o artista precisa ser escolhido pela galeria e afins. E sim, você pode até fazer sua própria divulgação e lutar para ser reconhecido, mas as plataformas como Instagram e outras são web 2.0 (centralizadas). Você depende de alguém e a liberdade é limitada e o acesso complexo e disperso e repleto de ruídos.


Na fotografia NFT não existe intermediário e a tendência que isso se amplie com a adesão e massificação da tecnologia. Você tem a liberdade de operar diretamente nas plataformas que convertem e vendem NFT e a maneira como a dinâmica dos artistas e colecionadores se relacionam é mais integrada. Não depende de alguém dizer sim para você mostrar sua obra e vender. E as pessoas envolvidas (todas neste ambiente) se interessam, valorizam e estão investidas em ver a comunidade da fotografia e da arte NFT crescer.


Nesse Tweet um artista internacional conta sobre sua experiência na prática quanto ao assunto. Vale a pena conferir. Jason Matias


No próximo conteúdo sobre as diferenças vou abordar marketing e preço nas diferenças entre fotografia NFT e Digital


Se você quiser mergulhar no assunto da fotografia NFT para entender e criar para essa nova fase da fotografia clique aqui: NFT para Fotógrafos(as)












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