Verdadeiras guardiãs das memórias, as mamães imprimem, consomem e valorizam a fotografia como ninguém
Se a gente tivesse uma máquina do tempo para voltar lá para o começo da fotografia (uns dois séculos atrás) veríamos algo interessante. A fotografia naquele começo era fechada, para muito poucos. Era cara, inacessível e uma grande novidade. Aos poucos foram surgindo estúdios e não demorou para que um dos focos fossem as famílias. A fotografia de família, aliás, não é algo novo mesmo. Desde os primeiros retratos era visível às mães com seus filhos e toda a família. Saltando uns cento e poucos anos depois veio a fotografia comercial graças a um homem chamado George Eastman. Ele criou o que era uma revolução naquela época. A câmera mais acessível (ainda assim nem tão barata) para que qualquer um pudesse fotografar apertando o botão e deixando o resto com a Kodak. Foi uma espécie de Instagram daqueles tempos, uma revolução. A marca ajudou a popularizar a fotografia comercial, de massa e de família. Por sinal, as mães e as mulheres eram o centro da atenção da Kodak. As propagandas que fazem sucesso até hoje (e viraram tema de livros inclusive) estimulam e incentivam as mães a fotografarem.
Dando outro pulo temporal chegamos na fotografia digital em sua primeira fase com câmeras compactas (de início bem caras) e mais uma vez o olhar das marcas (Sony, Kodak, Fujifilm e outras) era para as mães. Agora com a liberdade de clicar muito sem preocupação com filme fotográfico. As pesquisas dos anos 1990, 2000, 2010 e agora em 2020 sempre indicaram a mesma coisa. São as mulheres em várias faixas etárias que movimentam a fotografia de massa. Sobretudo as mães.
Nos Estados Unidos, uma estimativa no passado indicava que até 150 mil mulheres por ano se tornam fotógrafas depois de virarem mães. Fotógrafas em parte do tempo e uma parcela delas vai continuar na profissão depois do primeiro ano. Seja como fotógrafa de família ou newborn e outros. Começam fotografando os filhos e as memórias dessa fase marcante inicial das crianças. Se encantam com isso e querem oferecer para outros esse serviço e viver disso. No Brasil temos 2.5 milhões de nascimentos ano (mais ou menos) e não existe um dado oficial de quantas mães se tornam fotógrafas por ano...tenho a impressão que são muitas. Não que todas que começam vão seguir na profissão ou que vão ter só essa ocupação. Muitas atuam em mais de um emprego inclusive. O que é bem puxado...mães, fotógrafas e com outro trabalho.
O poder da maternidade movimenta essa paixão. Não só de registrar e imprimir, mas de entender melhor a outra mãe. Afinal, a fotógrafa mãe sabe como é. Não fossem as mães, não teríamos álbuns e tantas impressões em vários produtos ocorrendo com frequência. São as mães que movimentam isso. Por quê? porque fazem questão de ter esse legado para as futuras gerações. Das fotos, memórias para o futuro. Mais do que isso: de celebrar a família nas suas mais variadas formas e estilos. É tão forte que nem adianta falar em negócio, marketing e outras coisas. O apelo real é a emoção e a fotografia tem isso muito forte para oferecer. Então, se você atua na fotografia de família, casamento, newborn e afins,no fim seu negócio é sobre tratar e cuidar de entender esse universo. Para quem imprime...seja loja, laboratório ou fabricante de câmeras e smartphones e impressoras...vale a mesma coisa. Dia das Mães bem que poderia celebrar também o Dia dessas pessoas que valorizam a fotografia de uma forma muito especial.
Dia 3/05 (segunda que vem) farei um aulão de marketing para fotógrafos e negócios de foto. A FOTOGRAFIA COMO NEGÓCIO
Dias 26 e 27 de maio tem a nova turma ao vivo do Foto+Produto – Saiba mais aqui: FOTO+PRODUTO
Comments