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Foto do escritorLeo Saldanha

O homem que vendeu mais de 1 bilhão de câmeras

Pensei em um título chamativo e que ao mesmo tempo desse a dimensão de Steve Jobs e da Apple para a fotografia





Nesta semana (mais precisamente dia 9), a Apple celebrou 16 anos de aniversário do lançamento do iPhone. Hoje são mais de 1.2 bilhões de iPhones no mundo. Logo, a minha chamada na abertura desse post faz bastante sentido. Jobs está no Hall da Fama da Fotografia nos Estados Unidos e curiosamente ele tinha um mentor na fotografia.





Edwin Land, fundador da Polaroid, tinha uma relação com Jobs. Eles se conheceram muito antes da fotografia digital e smartphones existirem, mas Land ajudou Jobs a entender a importância do produto no sucesso de uma empresa.





Land costumava dizer que um bom produto não precisa de marketing (porque o design, a funcionalidade e o encantamento do item fazem isso). A Polaroid naquele tempo era como o Instagram hoje, considerada por muitos como a mãe das redes sociais. Por quê? As pessoas conseguiam imprimir uma foto na hora (algo muito inovador) e escrever e compartilhar aquela fotografia com outras pessoas.





São 16 anos de iPhone e a Apple teve papel fortíssimo na revolução que veio com a fotografia móvel.


A junção de fotografia na hora na telinha com os apps estimulados pela Apple tornaram possível a expansão dos aplicativos sociais como Facebook, Insta e outros. E não fosse a Apple as coisas não teriam chegado neste ponto que estamos.





A Apple foi muito copiada de lá para cá pelas outras fabricantes. E isso foi fundamental para o avanço da fotografia com os smartphones e a democratização da foto para todos.


Quando começou, o iPhone nem tinha flash e a câmera tinha uns 2 megapixels. Hoje as 3 lentes e o foco em vídeo cinematográfico e retrato poderoso são os focos da marca. Hoje você cria vídeos de impacto e faz fotos em condições que 16 anos antes nem eram possíveis. Um dos posts mais lidos de 2022 no meu site é justamente de Steven Spielberg filmando um clipe (o primeiro dele na carreira) com um iPhone. E foi um sucesso.





Hoje o iPhone concorre com marcas que avançaram muito. A inteligência artificial deu saltos e segue dando e o aparelho da Apple se tornou uma grife. Caríssimo, ter um iPhone é sobre status, afiliação e tensão.


Status - eu tenho um iPhone e você não.

Afiliação - eu faço parte do grupo que tem esse luxo, sou dessa tribo e entendo o valor da marca

Tensão - eu posso pagar tudo isso e valorizo minha privacidade.





Até hoje a Apple está entre as marcas líderes de mercado. Até hoje ela conseguiu dar ao smartphone o patamar de um item fundamental. E na fotografia ela segue dando sua contribuição. Conheci em 2022 uma fotógrafa que cria só com o iPhone dela. E que faz exposições e que cria belos projetos e inclusive já entrou na fotografia NFT e ela nem usa a câmera profissional. Eu não tenho os números, mas acho que nenhuma fabricante de câmeras vendeu tanto na fotografia como a Apple. O design e a interface da Apple continuam como referências (ter as três lentes é status) e a fotografia e a imagem se tornaram moedas importantíssimas para a marca. A Apple expande para outras categorias, como o relógio (e se tornou a maior vendedoras de luxo nisso também).


A Apple virou case recorrente de marketing de luxo. E Steve Jobs foi visionário ao lançar o iPhone. Se ele não tivesse lançado provavelmente as coisas seriam diferentes agora. Tomara que outros "pensem diferente" como ele na fotografia, tecnologia, no design e nos negócios.








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