O poder da sua assinatura visual, o risco das modas e o valor do clássico
- Leo Saldanha
- há 4 dias
- 3 min de leitura
Outro dia lembrei de algumas histórias que ilustram perfeitamente o valor do branding fotográfico para quem vive da fotografia

Promovido pelo Guia Branding Fotográfico – Porque sua fotografia merece transcender a imagem e emocionar de verdade.
A primeira situação que gostaria de relatar aconteceu anos atrás, quando visitei um fotógrafo reconhecido da área social em uma festa informal. Num momento descontraído, ele decidiu mostrar seu próprio álbum de casamento. À medida que folheava as páginas, percebi a reação de todos à volta: as fotos estavam claramente datadas. Não haviam envelhecido bem, faltava-lhes uma identidade visual sólida, algo que captasse verdadeiramente a essência daquele casal. No fundo, o que ele parecia dizer com aquele gesto era: "Gostaria de ter outras fotos para lembrar deste momento tão importante da minha vida."


Em outra ocasião, durante um debate sobre fotografia de formatura, uma fotógrafa de outro nicho exibiu fotos que, apesar de tecnicamente corretas, não transmitiam emoção ou impacto algum. O desconforto no rosto dos empresários presentes era evidente. Talvez porque sabiam, no fundo, que aquele padrão ainda predominava no mercado: imagens superficiais, vazias, sem alma.


Por outro lado, lembro-me de fotografias tiradas no início do século XX na Inglaterra (1913), que ainda hoje parecem incrivelmente atuais e impactantes. Tenho a sensação de que daqui a cem anos elas ainda terão a mesma força. Isso reforça o ponto crucial: uma assinatura visual consistente e clássica resiste ao tempo. Não se trata apenas de técnica, mas de contar histórias verdadeiras, com autenticidade e visão própria.
Aliás, as fotos que comentei são de Mervyn O'Gorman quando clicou a filha na praia.







Claro, existe espaço tanto para o clássico, que atravessa gerações com elegância e identidade própria, quanto para ousadias visuais que provocam e inovam. Contudo, ambos precisam de algo fundamental: personalidade. O erro não está em ser ousado ou clássico demais, mas em fotografar sem uma visão clara, sem essência. As fotos que mencionei antes não eram ruins tecnicamente; faltava-lhes alma, vida, a história bem contada.
Agora, a pergunta delicada é: como saber onde você está nisso tudo? Uma pista importante é nunca se contentar com o resultado atual. Buscar constantemente aprimoramento, referências relevantes, curadores confiáveis, mentores experientes e desenvolver uma forte autocrítica são passos essenciais. Quem acha que já sabe tudo provavelmente estacionou no tempo.
Curiosamente, vejo fotógrafos renomados de diversas áreas recorrendo à Inteligência Artificial para avaliar suas imagens. Talvez seja por não encontrarem confiança suficiente em colegas ou simplesmente por reconhecerem que uma análise neutra pode revelar novos caminhos. Não se engane: até o Instagram é movido a IA e suas fotos alimentam esse sistema diariamente.
Outro ponto crítico são os modismos. Eles aparecem e desaparecem rapidamente em estilos de sessões, tratamentos, cortes, ângulos e iluminação. Cabe refletir se suas imagens resistirão ao tempo ou se, daqui alguns anos, serão apenas curiosidades datadas em conversas informais como as que mencionei anteriormente.
Sua fotografia é sua marca, ou pelo menos deveria ser. Nos últimos anos, após quebrar bastante a cabeça, cheguei à conclusão de que marketing sozinho não salva nenhum fotógrafo. O que realmente importa são suas fotos. Elas precisam estar no centro do negócio, guiando tudo ao seu redor: marketing, vendas e a experiência entregue aos clientes.
Sua fotografia tem alma. Seu negócio precisa refletir isso.
Comece com o Branding Fotográfico — e mergulhe com o novo Workbook.

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