O que estou lendo: Como as novas tarifas dos EUA podem afetar o preço dos equipamentos fotográficos no mundo (e no Brasil)
- Leo Saldanha
- há 6 dias
- 3 min de leitura
Mudanças nos preços, cadeias de produção e estratégias das grandes marcas: o que esperar do futuro próximo

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As novas tarifas impostas pelos Estados Unidos estão movimentando o mercado — e não só o americano. A discussão agora gira em torno do impacto direto nos preços e na disponibilidade de produtos, especialmente em setores como o de fotografia e vídeo, que dependem fortemente de equipamentos fabricados fora dos EUA.
A matéria do DPreview mergulha em análises com especialistas sobre o efeito dessas tarifas nas grandes marcas — Canon, Sony e Nikon —, e os possíveis desdobramentos para fotógrafos e cinegrafistas ao redor do mundo.
📸 Resumo dos principais pontos:
Novas tarifas impactam produtos fabricados fora dos EUA: Equipamentos não produzidos em solo americano sofrerão aumento de preços — e isso vale para quase tudo que usamos, de câmeras a acessórios.
Canon, Sony e Nikon em jogo:
Canon ainda mantém parte significativa da produção no Japão, o que a posiciona de forma menos desfavorável, com tarifa de 24%.
Nikon e Sony, com produção predominante na Tailândia e China, enfrentam tarifas mais altas (36%).
Produtos fabricados na China, como muitos acessórios e tripés, poderão ser tarifados em até 75%.
Curiosidade estratégica:Uma das especialistas consultadas sugere que, em alguns casos, pode valer mais comprar um adaptador de lente e optar por lentes Canon (feitas no Japão) para usar em corpos Nikon ou Sony (caso as lentes da marca estejam com preços inflacionados pela tarifa). Mas, claro, isso depende da origem real do item específico — e não de toda a linha.
Possível reshoring (Repatriação): As empresas podem reavaliar suas cadeias produtivas. Não é impossível que Nikon e Sony passem a fabricar mais produtos no Japão novamente, buscando escapar das tarifas mais severas aplicadas à China e Tailândia.
Impacto em acessórios e marcas menores: A tarifa de até 75% sobre produtos chineses deve tornar certos acessórios inviáveis para importação. Isso pode levar lojistas a simplesmente parar de oferecer algumas marcas.
Preço final para o consumidor não será simples de calcular: Ainda que a tarifa seja alta, o preço final ao consumidor dependerá de vários fatores — dólar, cadeia de distribuição, repasse das lojas, etc.
Blackmagic foi a primeira a anunciar aumento de preços, e os valores já mudaram mais de uma vez em poucos dias.
E o que isso significa para o Brasil?
Embora as tarifas sejam norte-americanas, o efeito dominó chega aqui mais cedo ou mais tarde. Muitos fotógrafos brasileiros compram equipamentos via EUA — por conta da variedade, do preço competitivo ou até de viagens e redirecionamentos de entrega.
Agora, esse caminho vai pesar no bolso. Importar direto de lá pode deixar de ser vantajoso em muitos casos.
Mas há possíveis benefícios para o Brasil, a depender do ponto de vista:
Fabricantes podem olhar mais para o mercado latino-americano: Se os EUA encarecerem, marcas podem buscar compensar perdas com mercados alternativos. Pode ser um bom momento para o Brasil receber mais atenção oficial de marcas como a Canon, Nikon e Sony em termos de lançamentos, suporte técnico e distribuição.
Oportunidade para empresas brasileiras: Revendas, lojas especializadas e importadoras locais podem voltar a ganhar força. Se importar dos EUA ficar caro, o consumidor pode preferir comprar aqui mesmo, o que movimenta a economia interna do setor.
Mercado de usados pode aquecer: Com equipamentos novos encarecendo, fotógrafos podem recorrer ao mercado de segunda mão. Isso pode ser uma boa notícia para quem já tem bom estoque ou está pensando em vender.
🌍 E para as fabricantes japonesas?
Esse cenário pode até favorecer a indústria japonesa. Se os EUA impõem tarifas diferentes para cada país, e o Japão leva "apenas" 24%, empresas podem deslocar parte da produção de volta para casa. Isso pode gerar empregos lá, reforçar a engenharia local e até valorizar produtos “made in Japan” como sinônimo de qualidade superior.
Por outro lado, países como a China e Tailândia — que se tornaram grandes polos de produção pela mão de obra barata — podem perder relevância na cadeia de produção global de equipamentos fotográficos.
👉 Leia a matéria completa no DPreview (em inglês)
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